RASTREIO DA DIABETES NO INTERIOR DA EB1 DE SOBRAL DE MONTA AGRAÇO EM PERÍODO DE AULAS - APEAVES PEDE ESCLARECIMENTOS À AUTARQUIA E AO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS

A APEAVES tomou ontem conhecimento da iniciativa Rastreio da Diabetes, promovida pelo Centro de Saúde, que está a decorrer desde a passada quarta-feira (05/12/2012) no interior da Escola Básica Integrada de Sobral de Monte Agraço e Santo Quintino, e se prolonga até amanhã 06/12/2012.

Para a APEAVES nunca esteve em causa o respeito que a iniciativa nos merece, não só pela delicadeza do assunto, mas sobretudo pelos sentimentos daqueles que infelismente são atingidos por esta doença.

Por outro lado, importa referir que a APEAVES sempre defendeu uma Escola aberta à Comunidade, em circunstâncias muito particulares, desde que devidamente enquadradas no Projeto Educativo do Agrupamento e que tragam claros benefícios para a formação dos alunos para a vida ativa e para a cidadania.

Na altura a APEAVES não compreendeu porque é que esta iniciativa teve de decorrer no interior de um estabelecimento de ensino durante o período letivo.

A APEAVES também não entendeu a razão pela qual a Autarquia não se dignou comunicar a esta Associação a iniciativa em causa, tendo em conta que a APEAVES representa aqueles que são a parte mais interessada no processo educativo – não por disso dependa o sucesso do seu percurso profissional ou a sua projeção política, mas porque é na Escola que os nossos filhos e educandos passam a maior parte das suas vidas em tempo de aulas. Se essa comunicação tivesse existido tê-la-íamos divulgado junto dos Pais e Encarregados de Educação de modo a que não tivessem sido colhidos de surpresa como aconteceu.

A APEAVES também não compreendeu porque é que existe um Regulamento Interno do Agrupamento que limita o acesso dos Pais e Encarregados de Educação ao interior dos estabelecimentos de ensino e, em simultâneo, se abra a um estabelecimento escolar, em período letivo, a pessoas e instituições que não são certamente uma parte tão interessada no processo educativo, como os Encarregados de Educação.

A APEAVES, sobretudo não conseguiu compreender porque é que se abriu um átrio da EB1 de Sobral a pessoas e entidades estranhas à Escola – o mesmo átrio que, de acordo com notícias que nos chegavam até há algum tempo, se fechava para os alunos que tinham de esperar o início das aulas sob o telheiro deste estabelecimento de ensino.

Foi com esta revolta que a APEAVES questionou o Agrupamento de Escolas e a Autarquia – entidades gestoras deste estabelecimento de ensino – em relação a estas questões.

O Agrupamento de Escolas respondeu prontamente à APEAVES, referindo que a Direção do Agrupamento só teve conhecimento do evento às 12h da véspera do mesmo (ou seja 04/12/2012) e que manifestou à Autarquia a sua discordância com a realização desta atividade em período letivo.

Até ao momento da publicação desta notícia, a APEAVES não recebeu qualquer resposta escrita por parte da Autarquia.

Do pedido de esclarecimentos, deu a APEAVES conhecimento à DRELVT, que supervisiona e coordena a atividade educativa nas Escolas do Agrupamento e aos Vereadores com assento na Autarquia, para que, em sede própria possam refletir sobre o sucedido e encontrar formas de evitar que, no futuro, situações idênticas voltem a acontecer.

UM BEM HAJAM

A DIREÇÃO DA APEAVES