OS PAIS AO SERVIÇO DA EDUCAÇÃO
COMUNICADO DA FERLAP À IMPRENSA A PROPÓSITO DAS DECLARAÇÕES DO SR. PRIMEIRO MINISTRO SOBRE O FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO
02-12-2012 20:31Comunicado à Imprensa
A propósito da entrevista do Sr. Primeiro-ministro à TVI em que disse que era preciso repensar o financiamento da Educação e admitiu a introdução de co-pagamentos no secundário.
A FERLAP quer relembrar ao Governo e aos Deputados da Nação o Artigo 74º da Constituição da República Portuguesa:
Artigo 74.º Ensino
1. Todos têm direito ao ensino com garantia do direito à igualdade de oportunidades de acesso e êxito escolar.
2. Na realização da política de ensino incumbe ao Estado:
a) Assegurar o ensino básico universal, obrigatório e gratuito;
b) Criar um sistema público e desenvolver o sistema geral de educação pré-escolar;
c) Garantir a educação permanente e eliminar o analfabetismo;
d) Garantir a todos os cidadãos, segundo as suas capacidades, o acesso aos graus mais elevados do ensino, da investigação científica e da criação artística;
e) Estabelecer progressivamente a gratuitidade de todos os graus de ensino;
f) Inserir as escolas nas comunidades que servem e estabelecer a interligação do ensino e das actividades económicas, sociais e culturais;
g) Promover e apoiar o acesso dos cidadãos portadores de deficiência ao ensino e apoiar o ensino especial, quando necessário;
h) Proteger e valorizar a língua gestual portuguesa, enquanto expressão cultural e instrumento de acesso à educação e da igualdade de oportunidades;
i) Assegurar aos filhos dos emigrantes o ensino da língua portuguesa e o acesso à cultura portuguesa;
j) Assegurar aos filhos dos imigrantes apoio adequado para efectivação do direito ao ensino.
Serve este relembrar para que a Constituição da República Portuguesa é para CUMPRIR, embora ultimamente, tal, tenha caído no esquecimento, e que a gratuitidade do já instituído não pode voltar a deixar de o ser, assim, queremos relembrar ao Governo e aos Deputados da Nação que as famílias já estão demasiado sobrecarregadas pelas políticas dos consecutivos Governos que nos levaram ao estado em que nos encontramos,
Queremos relembrar ao Governo e aos Deputados da Nação que é vossa competência garantir a
todos os cidadãos, segundo as suas capacidades, o acesso aos graus mais elevados do ensino, da investigação científica e da criação artística, o que não será possível a concretizarem-se as "pretensões" do Sr. Primeiro-ministro,
Queremos relembrar ao Governo e aos Deputados da Nação que de acordo com a Constituição da República Portuguesa,
todos têm direito ao ensino com garantia do direito à igualdade de oportunidades de acesso e êxito escolar,
Queremos relembrar ao Governo e aos Deputados da Nação que foi aprovado o Ensino OBRIGATÓRIO de 12 Anos,
Queremos relembrar ao Governo e aos Deputados da Nação que as famílias já não conseguem suportar mais encargos,
Queremos relembrar ao Governo e aos Deputados da Nação que a
Educação é o FUTURO de um País,
Queremos relembrar ao Governo e aos Deputados da Nação que os cortes, primeiro, e o aumento (preparado) dos encargos para as famílias com a Educação, hipotecam o FUTURO do País.
Queremos perguntar ao Governo e aos Deputados da Nação se o que se pretende é um País inculto, relembrando que essa é a pretensão dos regimes não democráticos, aqueles a que nos orgulhamos de não pertencer.
O Conselho Executivo
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